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Marcos Assunção não é mais jogador do Palmeiras e não está contente com isso. Após confirmação de sua saída dada pelo clube no último domingo, o meio-campista reuniu jornalistas nesta segunda-feira para explicar detalhes de sua não permanência. O veterano se emocionou, chorou enquanto desabafava, descartou ter pedido valores altos e decretou: a verdade é que o Palmeiras não o quis.
"Não rompi com o Palmeiras. A grande verdade é que o Palmeiras não me quis mais. Saio triste, chateado. Aprendi a gostar do Palmeiras. Aprendi a respeitar os torcedores do Palmeiras, aprendi a ter prazer de sair da minha casa e ir ao clube", afirmou Marcos Assunção, para a seguir interromper seu discurso por ter se emocionado.
O noticiário dizia que jogador e clube discutiam a renovação do contrato, mas a pedida salarial do meio-campista seria muito elevada. Marcos Assunção negou esta informação e ainda informou que o Palmeiras lhe deve uma quantia não revelada.
"Eu gostaria de esclarecer algumas coisas que eu leio através de vocês sobre o salário que eu ganhava e sobre o que eu estava pedindo. A diretoria do Palmeiras teve na mão a nossa proposta, que era inferior aos valores que saíam na imprensa. Sobre meu salário, saía um valor que também não era", explicou o jogador, que falou com mágoa após ter sido chamado de "mercenário" por torcedores.
"Sobre contratos, valores, o Palmeiras tem uma dívida comigo desde junho. Li muitos torcedores me chamando de mercenário, falando em ingratidão. O Palmeiras tem uma dívida comigo e jamais, em todos os momentos, tristes ou felizes, jamais cheguei em qualquer um de vocês para falar da dívida que o Palmeiras tem comigo. Jamais fomos no Palmeiras para cobrar qualquer tipo de dívida. Para reclamar de qualquer tipo de situação. Nunca nesses três anos de Palmeiras fui pedir aumento", disse o meio-campista.
Revelado pelo Rio Branco, de Americana (SP), Marcos Assunção passou por Santos e Flamengo no final da década de 90 antes de seguir para a Roma. Atleta do time italiano entre 1999 e 2002, o meio-campista passou ainda pelo Real Bétis (2002 a 2007), antes de jogar no Oriente Médio.
Ele retornou ao Brasil em 2009 para jogar pelo Grêmio Barueri, acertando com o Palmeiras após a boa campanha do clube – já rebatizado de Grêmio Prudente – no Campeonato Paulista de 2010. No time alviverde, destacou-se pelas precisas cobranças de falta, conquistando a Copa do Brasil de 2012, mas integrando o elenco rebaixado no Campeonato Brasileiro do mesmo ano.
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